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quarta-feira, 27 de julho de 2011

DIALOGICIDADE





Tecnologias midiáticas, instrumentos e estratégias para comunicação, divulgação e interação de saberes e seres humanos é uma realidade inegável e tem produzido um novo formato de relação entre as pessoas. Tornam o tempo mais “útil” reduzindo o seu “desperdício”, efervecendo a mobilidade de dados, informações e conhecimentos. Por estas características a tecnologia da informação, expressa através das mídias, estabelece uma verdadeira mística, onde ambientes virtuais, substituem o mundo físico, acessos e cliks substituem o convívio e o diálogo entre as pessoas e o anonimato e a atitude solitária tomam o lugar do diálogo e da solidariedade cooperativa.

Os mitos que fazem do fascínio por este novo universo de possibilidade de “ser gente”, podem representar uma forma de consolidar ainda mais a desumanização das relações humanas e a coisificação das próprias pessoas. Considerando que este universo tende a penetrar no contexto da educação, que é essencialmente de relações, necessitamos estabelecer um compromisso em favor da liberdade e da possibilidade de fazer da educação uma relação essencialmente dialógica.

Ao se supor que as tecnologias assumam um papel educativo, e não informativo, o compromisso com a liberdade e o diálogo cede espaço a uma mística que confunde treinamento com aprendizagem. Qualquer mídia, por si só, representa apenas uma forma de divulgar informações e dados, os quais somente se transformarão em conhecimento e formação humana, pela relação entre estas informações e dados e os seres humanos. as relações aqui referidas não são as que comumente chamamos relações de troca, mas de interação e de constante discussão dialógica e dialética.

Ao contrário se associarmos as tecnologias midiáticas às chamadas técnicas de relações humanas convencionais, corre-se o risco de fortalecer a prática da alienação e dominação humanas. Estas supõem os seres humanos como extensão de máquinas, aumentando a proporção da produção, gerando maior lucratividade com menor custo possível. trata-se portanto de uma mistificação pouco ingênua, absolutamente ligada ao interesse elitista com o propósito de forma “bons e competentes” trabalhadores. Percebe-se uma evidente 
condução das pessoas convertendo a educação numa agência de qualificação profissional. Na contracorrente desta tendência, torna-se eminente, a necessidade de educadores éticos, adeptos à prática dialógica e dialética. A medida em que o mito que converteu as mídias em instrumentos de formação humana se estende pelas práticas educativas, é preciso fazer ampliar a discussão dialógica em torno do real compromisso do educador ao fazer uso desta tecnologia.

Caberá ao educador e a educadora dialógica garantir a liberdade das pessoas se constituírem agentes de sua própria formação rejeitando qualquer tentativa ou ameaça de se coisificar as relações essencialmente humanas. Numa atitude sábia, utilizar as mídias e as tecnologias para executar tarefas mecânicas e repetitivas, para que as pessoas tenham mais possibilidade e tempo de fazer que máquina alguma pode fazer: ser gente. A grande mística a ser aceita e enaltecida deverá ser a da criação pelo diálogo, interação, respeito e solidariedade entre os diferentes, que somente se encontram quando estes diferentes se tocam física e afetivamente.

Nilton Bruno Tomelin
 
 

terça-feira, 26 de julho de 2011

Fies poderá financiar curso de educação a distância



A Câmara analisa o Projeto de Lei 325/11, do deputado Rubens Bueno (PPS-PR), que inclui os cursos a distância no âmbito do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). As leis atuais não são claras sobre a possibilidade de o estudante usar o Fies para pagar cursos ministrados a distância. “Não se pode ignorar as possibilidades da educação a distancia para a inclusão educacional de parcela considerável da população brasileira”, argumenta Bueno. De acordo com o Ministério da Educação, os cursos a distância já são adotados por um em cada cinco novos alunos de graduação. Apesar do nome “ensino a distância”, o parlamentar alega que, na verdade, esse modelo de ensino é semipresencial, porque cursos totalmente a distância são proibidos pela legislação. 
O deputado acrescenta que o próprio governo é o responsável pelo grande impulso dessa modalidade de ensino, com a criação da Universidade Aberta do Brasil, em 2005, instituição que, hoje, oferece 180 mil vagas em cursos superiores a distância, em parceria com universidades federais.

Versatilidade - Rubens Bueno explica que, em geral, os estudantes são atraídos pela versatilidade, modularidade e capacidade de inclusão que o ensino a distância oferece. Por outro lado, a modalidade exige autonomia do estudante, porque as aulas são construídas por meio de tecnologias como fóruns de discussão, videoconferências e chats pela internet. Algumas das avaliações também podem ser feitas on-line, mas as provas devem ser presenciais, assim como parte do conteúdo das aulas e atendimento dos professores.

Tramitação - O projeto foi apensado ao PL 5797/09, do deputado Felipe Maia (DEM-RN), que trata do mesmo assunto. As propostas serão analisadas pelas comissões de Educação e Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

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